As vezes andando pelo caminho a gente se perde, perde um pouco do conceito, da referência de ser o próprio ser que se era. É no decorrer da vida, dos anos, das amizades que vão e não voltam, do amor que chega e domina, daquilo tudo que você iria fazer mais que mudou de idéia sempre no meio do caminho, que tudo muda.
Perder o centro da vida faz parte da própria, afinal somos seres em constante mudança, e eu li em algum momento (enquanto vivia) que, o ser humano muda em média 40 vezes ao longo da vida, creio que seja de casa, de lugar, de trabalho e principalmente de idéia.
Aos 17 anos iria viajar o mundo, conhecer a Grécia, pisar no Pacífico, conhecer as iguarias da Índia e andar calmamente pela Time Square... Queria ser bailarina, médica, veterinária e mudar o mundo com toda uma ideologia infundada.
Hoje quase 10 anos depois me limito a conhecer cada pedacinho da minha filha, sei cada tracinho que ela tem no corpo, cada fio de cabelo novo, que nasce ou o que cai, conheço as sua iguarias, cada cheiro, olhar e choro, e ando calmamente sim, pelo quarto enquanto a faço dormir. Sou artista, canto e danço, faço rir, sou a cuidadora oficial da minha família e dos meus bichinhos, mudo o meu mundo um pouquinho a cada dia.
As mudanças te levam a lugares que você nunca sonhará estar, fazem da sua vida uma vida de conto de fadas... estou hoje, onde sempre quis estar.
E estando aqui sei que continuo a mesma, aquela do ponto de partida, mais com alguma coisa incomum, a coragem que não existia naquela época. Porque aquela menina hoje é uma MULHER!
Se por algum motivo os seus planos parecem fora de foco ou haja dúvida na quantidade dos ovos, relaxe, você vai acertar! E no fim ao invés de um cupcake você poderá ter um bolo de três andares.
Acabou Janeiro! Snif...
Beijos
Nenhum comentário:
Postar um comentário